quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inlgaterra no século XVI

Henrique VIII
Henrique VIII, segundo rei da dinastia Tudor, subiu ao trono em 1509. Seu irmão mais velho, Artur, casou-se com Catarina de Aragão, mas Artur contraiu uma infecção e morreu. Em conseqüência, aos onze anos de idade, Henrique herdou o direito ao trono. O rei Henrique VIII, ansioso por manter a aliança marital entre Inglaterra e Espanha conseguiu a permissão papal para casar Henrique com a viúva de seu irmão.
O Rei Henrique VIII
Durante os dois anos posteriores à ascensão de Henrique VIII, o bispo de Winchester, Richard Fox, junto a William Warham, controlou os assuntos do Estado. De 1511 em diante, o poder real foi ostentado por Thomas Wolsey. Em 1511 Henrique VIII se uniu à Liga Católica, formada por dirigentes europeus opostos ao rei Luis XII. A Liga incluía figuras como o Papa Júlio II, o Imperador do Sacro Império Romano Maximiliano I, e o rei Fernando II da Espanha.
Henrique VIII tinha o desejo de ter um herdeiro do sexo masculino, o que a rainha Catarina não conseguiu lhe dar. Em 1526, Henrique VIII ficou motivado a separar-se de Catarina não só pelo fato dela não poder lhe dar mais filhos mais também porque sentia-se muito atraído por Ana Bolena, irmã de Maria Bolena (uma de suas amantes). Sem informar ao cardeal Wolsey, Henrique VIII apelou diretamente à Santa Sé. Enviou seu secretário William Knight a Roma para argüir que a Bula de Júlio II (Bula pela qual se permitiu o matrimônio entre Henrique VIII e Catarina de Aragão) fosse anulada e pedia que o papa Clemente VII lhe desse a permissão de casar-se com qualquer mulher; esta permissão era necessária, já que Henrique VIII havia previamente tido relações com a irmã de Ana Bolena, Mary. O Papa Clemente VII era praticamente prisioneiro do Imperador Carlos V (sobrinho de Catarina) e não esteve de acordo com o pedido de Henrique VIII.
Irritado com o cardeal Wolsey pela demora na resolução da Questão, Henrique VIII o despojou de seu poder e riqueza. Com o Cardeal Wolsey caíram outros poderosos membros da Igreja inglesa. O poder então passou a Sir Thomas More como novo Lord Chanceler, a Thomas Cranmer como novo arcebispo de Canterbury e a Thomas Cromwell como primeiro conde de Essex e Secretário de Estado da Inglaterra. Em 25 de janeiro de 1533, o rei casou-se com Ana Bolena. Em maio, anunciou a anulação do seu matrimônio. A Princesa Mary (filha de Henrique VIII e Catarina) foi rebaixada a filha ilegítima, e substituída como herdeira por Isabel.
O Papa respondeu a estes acontecimentos excomungando a Henrique VIII em julho de 1533. Seguiu uma agitação religiosa, urdida por Thomas Cromwell, o parlamento aprovou várias atas que selaram o rompimento com Roma. Em 1534, a Ato de Supremacia declarava que "o Rei é a única cabeça suprema na terra da Igreja da Inglaterra". A oposição às políticas religiosas de Henrique VIII foi rapidamente suprimida, vários monges dissidentes foram torturados e executados inclusive Thomas More. Em 1536, a rainha Ana começou a perder o favor do rei, depois do nascimento da princesa Isabel, Ana teve dois abortos e enquanto isso, Henrique começava a prestar atenção em outra mulher, Jane Seymour. Por isso, Ana Bolena foi acusada de traição e tentativa de assassinato do rei, foi condenada e decapitada. Pouco após a morte de Ana, Henrique VIII se casou com Jane Seymour, que deu à luz seu único filho homem, o príncipe Eduardo em 1537. Jane morreria logo depois e Henrique VIII se casaria ainda mais três vezes.
Henrique VIII gerou três filhos – todos subiriam ao trono. O primeiro a reinar foi Eduardo VI a partir de 1547, com seu tio, Eduardo Seymour, Duque de Sommerset, na qualidade de Protetor e com grande parte dos poderes do monarca. Eduardo foi afastado do poder por João Dudley. Após a morte de Eduardo VI por tuberculose em 1553, Dudley planejou colocar Joana Grey no trono e casá-la com seu filho, mas o golpe falhou e Maria I, filha de Henrique VIII, assumiu a coroa. Maria era uma católica devota e procurou impor o retorno do Catolicismo ao país. Sob suas ordens, diversos protestantes foram queimados na fogueira, o que lhe valeu o apelido de "Bloody Mary" (ou "Maria Sangüinária"). Casou-se com Filipe II da Espanha. As perseguições, a presença dos espanhóis em solo britânico e a perda de Calais, o último território inglês no continente, fizeram com que Maria se tornasse impopular.
Rainha Isabel I
Isabel I da Inglaterra, no "retrato da Armada" (c. 1588), comemorativo da vitória inglesa sobre a Invencível Armada.
A Rainha Isabel (conhecida em vários países como Rainha Elizabeth I) teve em seu início de reinado problemas com a Escócia e França. A rainha da Escócia, Maria Stuart, prima de Isabel, estava casada com Francisco II da França. Francisco II apoiou as pretensões de sua mulher Maria Stuart ao trono inglês, enquanto que a mãe desta última, Maria de Guise permitiu a presença das tropas francesas nas bases escocesas. Rodeados pela ameaça francesa, Isabel e Felipe II da Espanha se viram forçados a unir forças. Graças à mediação de Felipe II, a Inglaterra assinou um tratado de paz em 1559, no qual Isabel renunciou à soberania inglesa na França, Calais, enquanto que a França se comprometia a retirar seu apoio às pretensões de Maria Stuart ao trono inglês.
Em 1559, Isabel apoiou a revolução de John Knox, líder protestante escocês, que buscava eliminar a influência católica na Escócia, isso reacendeu seu conflito com sua prima. Em 1560 representantes de Maria Stuart assinaram o Tratado de Edimburgo, eliminando a influência francesa na Escócia. Depois das vitórias na Escócia e a desafortunada intervenção na França, desapareceram os únicos elementos comuns da política exterior de Isabel e Felipe II, o que se traduziu em uma contínua queda das relações entre ambos os países.
Já no início de seu reinado havia um debate sobre quem teria que ser o esposo da rainha Isabel. Sem filhos, Isabel teria duas herdeiras lógicas: Maria Stuart e Catherine Grey. Isabel tinha uma aversão tanto por Maria, por seus enfrentamentos anteriores e seu catolicismo, como por Catherine, que havia se casado sem sua permissão real.
Em 1568, Isabel se sentiu ameaçada pela duríssima repressão do Duque de Alba das revoltas protestantes na Holanda e pelo ataque de Felipe II da Espanha contra os barcos de Francis Drake e John Hawkins. Em 1571, um plano para colocar Maria Stuart no trono, com apoio da Espanha, para restaurar o catolicismo, foi descoberto e seus idealizadores executados. Uma nova conspiração católica contra Isabel que pretendia assassinar a rainha e coroar Maria Stuart foi descoberta em 1586 e terminou com a execução da prima de Isabel.
Felipe II da Espanha começou a preparar uma invasão a Inglaterra enquanto a Rainha Isabel se preparava para se defender. Em 1587, Francis Drake atacou com êxito Cádiz, destruindo vários barcos e atrasando até 1588 a famosa Invencível Armada. Entretanto, esta Invencível Armada viu frustrado o seu propósito pela resistência inglesa, pelo bloqueio holandês e pelo mau tempo.
Enquanto guerreava contra Espanha, Isabel teve que enfrentar a uma nova rebelião na Irlanda, a Guerra dos Nove Anos (1594-1603), onde Red Hugh O'Donnell e Hugh O'Neill se levantaram contra a colonização inglesa


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